quarta-feira, 27 de julho de 2011

Dia 4 de janeiro de 2011


Eram 6:40 quando acordei.
Havia chegado de uma viagem na noite anterior e acordei pra trabalhar.
Algo me dizia que esse dia seria o seu dia.
Fui para o trabalho e estava um caco...
Recebi a primeira ligação ás 11 da manhã.

- Caren? Pri está no hospital..
- Mas como assim..?
- É, desde domingo que está sentindo as dores.
- Mas Orlando, alguém tem de ver ela, medicar!!!( isso gritando já)
- Mana, eu sei.. mas não se preocupa, qualquer coisa te ligo.

Depois disso, meu dia de trabalho não foi o mesmo.
De minuto em minuto, olhava relógio e o celular..
Imaginei a minha vida ao seu lado meu principe..
Imaginei como seria seu rostinho e como eu, essa menina desajeitada iria te segurar a primeira vez.
Segunda ligação 18:37

- Mana, nasceu!!!!
- Ãnh? (choro quase chegando)
- ÉEE Caren, nasceu!!
- Pri tá bem? ele tá bem? AIN (CHORO JÁ ROLANDO SOLTO)
- Estão bem, sim.

E pra esse plantão passar?
Foram as 24 hrs mais longas da minha vida...
Pensando em você, no seu tamanho e em tudo que você é.
Hoje, eu admito que esse dia foi o mais importante pra mim.
E chegar ai pra te ver e tão gostoso!
- Titia chegôooo! e você morre de rir!
Quando vou pra casa penso nesse sorriso com dois dentinhos *-*
Você Luiz Felipe é o principe mais lindo da vida da titia, e o seu nascimento se tornou divisor de águas.
Titia te ama, mas disso você não tem dúvidas né?

segunda-feira, 25 de julho de 2011

O Contrário do amor..

O contrário de bonito é feio, de rico é pobre, de preto é branco, isso se aprende antes de entrar na escola. Se você fizer uma enquete entre as crianças, ouvirá também que o contrário do amor é o ódio. Elas estão erradas. Faça uma enquete entre adultos e descubra a resposta certa: o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença.
O que seria preferível, que a pessoa que você ama passasse a lhe odiar, ou que lhe fosse totalmente indiferente? Que perdesse o sono imaginando maneiras de fazer você se dar mal ou que dormisse feito um anjo a noite inteira, esquecido por completo da sua existência? O ódio é também uma maneira de se estar com alguém. Já a indiferença não aceita declarações ou reclamações: seu nome não consta mais do cadastro.
Para odiar alguém, precisamos reconhecer que esse alguém existe e que nos provoca sensações, por piores que sejam. Para odiar alguém, precisamos de um coração, ainda que frio, e raciocínio, ainda que doente. Para odiar alguém gastamos energia, neurônios e tempo. Odiar nos dá fios brancos no cabelo, rugas pela face e angústia no peito. Para odiar, necessitamos do objeto do ódio, necessitamos dele nem que seja para dedicar-lhe nosso rancor, nossa ira, nossa pouca sabedoria para entendê-lo e pouco humor para aturá-lo. O ódio, se tivesse uma cor, seria vermelho, tal qual a cor do amor.
Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. A pessoa em questão pode saltar de bung-jump, assistir aula de fraque, ganhar um Oscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí. Não julgamos seus atos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência. Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência. Não temos o número do telefone das pessoas para quem não ligamos. A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada.
Uma criança nunca experimentou essa sensação: ou ela é muito amada, ou criticada pelo que apronta. Uma criança está sempre em uma das pontas da gangorra, adoração ou queixas, mas nunca é ignorada. Só bem mais tarde, quando necessitar de uma atenção que não seja materna ou paterna, é que descobrirá que o amor e o ódio habitam o mesmo universo, enquanto que a indiferença é um exílio no deserto.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Cor

Antes de existir você, a vida era em preto e branco.
Mas e dai? você não está perto de mim para mexer nos tons quentes da minha vida e muito menos mudar a saturação de todas as cores existentes em mim.
Você com sua aura de "Estou com sorte" diminuiu a minha alegre.
Como fazer minha vida voltar a mesmisse que era antes? se tudo me faz lembrar você.
Se no fundo, ainda espero suas mãos juntarem as minhas e nos embalarmos na nossa canção.
Eu espero você, numa noite fria, ás 4 da manhã de uma terça sombria.
Espero seu sorriso por perto, mesmo disfarçando do meu jeito abobalhado.
Como tirar você da minha vida, se tudo só anda bem com você me ajudando a guiar?
Como colocar toda sua cor num sépia antigo?
Eu queria ouvir você e suas canções todos os dias.
Seu peito num abrigo longe da dor que toda essa vontade me trás.
Olhar fundo da sua alma e te trazer um pouco da minha paz já enlouquecida...E todo meu radicalismo a sua calmaria plena.
Só queria ter coragem de te ligar sempre e perguntar como foi seu dia. E me divertiria com seu jeitão engraçado e estabanado.
Te dar minha mão fofinha, quando se sentisse num labirinto sem fim.
Dar um beijo de boa noite e encostar minha costelinha no seu corpo.
Acordar e fim.Seria mais feliz com o seu "estou com sorte",tingimentos graduais,magentas,saturações e auto cores.

domingo, 10 de julho de 2011

Vazio

Distante e frio é o que parece seu olhar.
Pois tudo o que você quis de alguma forma não se realizou.
Você tão vazia caminha na areia.
Mas parece caminhar para o fim da linha.
Morena, Porque está tão distante assim do teu abrigo?
Você, tão sabida das coisas dessa vida não consegue caminhar com suas próprias pernas?
Todo esse vazio por apenas um motivo?
O motivo que você mesma intitulou sendo de tua vida?
E eu só a ouço chorar, nessa tarde tão fria.
É de amor que você precisa, mas só o amor dele te importa.
Quantos passaram em sua vida e lhe foram tirando algo de importante em você, até que o que lhe restou foi tua alma... e ela também lhe foi arrancada.
Me diga onde teus olhos sem cor e alma chegarão?
Onde teu abraço que um dia vivo, hoje morto irá chegar?
Onde?

terça-feira, 5 de julho de 2011

Diga NÃO aos covardes

Intenções soltas e desejos desconexos. Esse mistério todo é uma violência contra a minha inteligência. Sejamos diretos para não sermos idiotas: eu te quero. Você me quer? Não sabe? Ah, então vá pra puta que te pariu. (E vá ser vago na casa da sua mãe porque embaixo da sua manga eu não fico mais!)
Seja inteligente, faça jus à espécie, seja Sapiens. Perceba o sinal verde, ultrapasse.
Eu não sou morna e, se você não quiser se queimar, morra na temperatura do vômito. E bem longe de mim.
Eu ainda quero muito. Quero as três da manhã de um sábado e não as sete da tarde de uma quarta. Vamos viver uma história de verdade ou vou ter que te mandar pastar com outras vaquinhas?
A sorte é sua de ser amado por mim e eu quero agora, ontem, semana passada.
Amanhã não sei mais das minhas prioridades: posso querer dormir com pijama de criança até meio-dia, pagar 500 reais numa saia amarela, comer bicho-de-pé no Amor aos Pedaços ou quem sabe dar para o seu chefe em cima da mesa dele.
É assim que vivo, masturbando minha mente de sonhos para tentar sugar alguma realização. É assim que vivo: me fodendo.
Calma, raciocínio e estratégia são dons de amor que pára para racionalizar. Amor que é amor não pára, não tem intervalo, atropela.
Não caio na mesma vala de quem empurra a vida porque ela me empurra. Ela faz com que eu me jogue em cima de você, nem que seja para te espantar.
Melhor te ver correndo pra longe do que empacado em minha vida.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Razão

Quem me dera, nesse coração morar...fazer abrigo de paz.
Acordar com aquele seu sorriso que aquece qualquer coração gelado.
Eu queria sua paz perto da minha confusão e fazer de tudo isso uma bela canção.
Um samba do grande amor.
As vezes sinto sua mão, bem perto da minha conduzindo a minha dança imaginária.
Meu amor imaginário, e tudo que um dia pensei que poderia existir.
Mas meu querido, a razão tomou conta do que era um simples sonho.
Hoje, vejo você procurando a sua estrela brilhante muito longe da minha, andando em direção oposta a minha que sempre procurou a sua.
Vou sair por ai, em direção ao sol vermelho como sempre.
Deitar no meu abrigo, que não é seu peito franco e aberto cheirando a hortelã.
Razão, volte para esse coração.
Ele anda apertado e aflito demais.