segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A verdadeira vontade dela

- Tudo começou a anos atrás,e ela hoje anda sem rumo de antes.
Sem nem mesmo o pouco equilibrio de antes,e tudo isso por ele.
Pelo infeliz feliz momento em que ela o conheceu,e então sentia-se algo novo,algo que acho que ela levará pro resto de sua vida.
E dói nela saber que ele não ter quem amar.
E depois disso ela tenta se acostumar a viver sem ele,sem as coisas dele espalhadas no coração,sem as lembranças desmontadas.
E hoje ela só quer que ele chore lágrimas sofridas que ela também sofreu.
Parece egoismo,parece falta de compaixão,mas querer o seu sofrer a faz se sentir melhor.
E ela segue seu caminho.

sábado, 16 de outubro de 2010

Nós e o mar.

Estava na calçada,
Sentado no banco azul eu te vi caminhando, pensando nele...
Vi mais do que pensava ver, o meu futuro ao seu lado,
Você pisando no mar e de longe arrumando sua vida,
Para ficar perto da minha.
Vi seu sorriso de longe e me senti feliz...
Logo senti o seu abraço,
Eu acordei de mais sonhos,
Ainda na calçada; perto do mar.
Mais perto agora, sentindo o seu cheiro.
Poderia tocar e o medo de quebrar,
Me fez voltar de sonhos esquecidos.
Me fez acordar e ver o que espero
Que quero,
Não estou arruinado, não estamos em ruínas...
Ainda está longe começo e já passamos pelo fim,
Hoje eu tenho coragem pra sonhar.



Escrito com Relatos Avulsos,♥

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Ela na varanda;Você no retrato.

Não serei mensageiro de boas novas;

Nem de boas vindas...
Apegos que me transmitam dor;
Viagem ao passado que me corta
Jamais pensei nisso.


Ninguém jamais mereceu seus olhos cor de mel;
Seu toque avivador, seu cheiro de Jasmim...
Não vou recolher lágrimas, não serei o herói necessário.
Só mais um covarde, mas que fugirá de você.


Suas estampas e lábios...
Esse colo; jamais meu.
Coxas do diabo que me chamam,
Não viverei a sua vida.
Fugirei sim!


Fugirei dos teus encantos;
Das tuas formas loucas de me conquistar.
Dos teus olhares que me armam e me levam até você...
Serei covarde... Onde possa viver melhor.

Parceria com Relatos avulsos, @relatosavulsos

domingo, 5 de setembro de 2010

O Não texto.

Você não está lendo um texto. Você está dormindo numa rede, atravessando um farol, comprando um porta-clipes, fazendo arroz integral, prendendo os cabelos, assistindo doctor House, vendo sua cachorra espreguiçar. Sei lá, qualquer coisa. Mas você não está lendo esse texto. Eu também não estou escrevendo pela trigésima vez sobre gostar de alguém. E tentando entender todos os 567 contras e 876 a favor. E tentando metaforizar um cheiro, um olhar, uma frase. E tentando descrever minha dor só para dar a ela algum patamar mais interessante do que a simplicidade de uma simples dor. E tentando supervalorizar minha alegria, só para dar a ela um gosto de vitória como se jamais fosse cotidiano ser feliz. Eu não estou de frente para uma folha em branco. Tentando tornar meus personagens mais interessante e meus sentimentos mais nobres. Eu estou de frente para eles, vendo que meu personagem pode ser sem graça e meu sentimento pode estar morrendo. Este é um não texto porque cansei da minha covardia em me contar um mundo que eu invento para viver melhor. Cansei de me contar um personagem só para que suspirar não seja um simples movimento involuntário. Cansei de me contar uma história linda, só para que os dias não corram sem magia e sem a certeza de um grande final de filme. Imagina só que vida chata se eu, ao invés de escrever um texto de amor, cheio de esperança, profundidade, dor, maluquice, tesão, estivesse escrevendo um texto assim: e ninguém é interessante e eu, pra ser sincera, não gosto de ninguém. Triste, muito triste. Chato. E pior do que tudo isso: anti-literário. Como é que um escritor vai se sustentar com um coração vazio? Mas chega. Hoje decidi que estou prestes a assumir meu coração vazio. Não decidi isso movida por uma grande coragem ou por um momento de iluminação. Nada grandioso aconteceu. Apenas sinto que dei um pequeno, quase imperceptível, passo para uma vida mais madura. Eu simplesmente não suporto mais pintar o céu de cor-de-rosa para achar que vale a pena sair da cama. Não posso mais emprestar mistério ao vazio, vida ao oco, esperança ao defunto, saliva ao seco. Não posso mais emprestar meus desejos para que pessoas se tornem desejáveis. E, finalmente, não posso mais inventar amor só para poder falar dele. Muita gente me fala “que coragem ir tão fundo na sua dor”, “que coragem sentir tantas coisas a flor da pele”. Mas pelo menos hoje quero me desafiar a fazer algo muito mais difícil. Quero não sentir nada. Quero descansar meu coração de saco cheio das minhas invenções e precisando se preparar para viver algo de verdade. Como será que é acordar e não esperar nada com o toque do celular, da campainha, do messenger, do e-mail, do ar, do chão? Como será que é sentir e gostar da vida pela sua calmaria e banalidade? Como será que é viver a banalidade sem achar que isso é banal? Este é um não texto. Pra falar de um não amor. Pra falar de um não homem. Pra falar de uma não fantasia, invenção, personagem. Esse é um texto a favor da vida, pra falar da vida. A vida com seus defeitos, cinzas, brancos, estagnações, paradas, frios, silêncios, amenidades. A vida que pode não acelerar o peito e deixar tudo com estrelinhas de purpurina. Mas que é incrível por ser real. A vida que não se escreve mas se vive, mesmo que isso, muitas vezes, seja ainda mais difícil que qualquer regra gramatical ou construção literária.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Grãos

Entardecer.
Grãos de areia, água, pés.
Mãos entrelaçadas.
Caminhando, rumo ás águas de um mar revolto.

E ela "acorda" dos pensamentos e se vê sentada nas pedras do arpoador.
Pensa "melhor perto sem mim do que longe".
E pensa denovo "Só olhar para ele, sentar ao lado, ouvir a voz, faz tudo ficar mais feliz.Algumas pessoas simplesmente valem a pena"

terça-feira, 20 de julho de 2010

E os dois ficaram ali,na poesia.

Depois de tanto não pensar,logo ela se deu conta que não morreu.
Só adormeceu.
Mas ela não quer,não quer
de novo.
Logo sente um surto doido e dana a se achar a menina mais forte e impetuosa desse mundo.
Ela queria o violão que vendeu de volta,mesmo não sabendo o dedilhar ela queria de volta,se o tivesse ficaria horas ali tentando um dó.
Mas nesse momento as mão estão entre as pernas e ela repete pra si"Não,
de novo não"
Mas é tarde,já é tarde.
Quando algo adormece acorda e acordou.
Ela faz uma xícara de café bem forte,ouve suas canções
recém descobertas e vaga.
Ela só queria isso pra si,só queria que gostassem assim dela.
Mas ela sabe que isso é algo meio
impossível e pede a Deus pra acabar.
Pega seu caderno,escreve e escreve.
Escreve sonhos que queria... lá vai um trecho.
" E ele então apareceu,com aquele sorriso de jardim,com aquele beijo de chuva e aquele abraço magistral.
E ela sumiu nele,ela se sentiu acompanhada das coisas mais lindas desse mundo,e ele ali parado sem entender o porque de tanto e tanto,e os dois ficaram ali na poesia."
É eles ficaram ali nas folhas molhadas e na poesia vazia.
Ela acendeu seu cigarro,fechou caderno e ficou ali até sol nascer.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Sweet jardim..

Ahhh ele trouxe sonhos, cores, sonhos de coisas boas.
E ela quer se mostrar do infinito, nu, cru.
O sorriso que era meia boca está escancarado e ela não tem mais medo,acho que nele ela achou um refúgio.
Ela sai,anda no jardim,faz chá,colhe as flores e ele vem e o perfume dele
invade tudo onde é verde, puro e encantador.
Ela com a maior das emoções,disfarça, se encolhe, guarda os espinhos que já mostrou e nem se dá conta que é tarde.
E ele naqueles olhinhos infantis com a barba rala por fazer, com cheiro alecrim, hortelã se misturando num sorriso maroto infantil e malandro que só ele sabe dar e a
desarmar.
Ele faz e parece fácil a desarmar e desmontar num jeito só.
Então ele pega seu violão a olha e toca até e ela cair de tanto sonhar.
Pega seu cigarro fuma, depois a toca, beija e abraça com o maior contentamento do mundo, como se só ali no abraço dela ele e sente feliz.
E o frio,a chuva do depois só encerra o "quase sonho" dessa menina.


quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Para o melhor amigo distante

Ainda lembro daquele dia que nos conhecemos, eu com a camiseta do Rock in Rio, você com um sorriso contagiante no rosto indagando minhas ideologias, meus passos até ali... nossa história começou naquele dia....
Lembro de quando fugimos da aula e bebemos vinho na chuva rodeados dos mais sonhadores amigos e brincamos de "passar cartão" onde todos se beijaram e histórias começaram ali...
Lembro das vezes que brigamos porque vc gastava os créditos do meu celular enviando mensagens pra amigos ingratos e sumidos...
Lembro da nossa maquete do vulcão com dinossauros roubados de trabalhos alheios na feira de ciências, onde fizemos tudo certinho e no final, não sabíamos nem o que estavamos fazendo ali...
Lembro da vez que eu te recomendei namorar garotas mais "baixinhas", e quando demos perdido na sua outra namorada no Porão do Rock...
Lembro de quando sua ex namorada te traiu e você ficou injuriado porque não te contei pra não trair a "classe feminina"...
Ainda lembro das cartas semanais, das ligações nas sextas a noite durante os intervalos de Os normais só pra rir comentando o episódio da semana...
Lembro quando roubamos livros do Fernando Sabino na biblioteca pública para completar sua coleção, e quando arrancavamos paginas das revistas de entretenimento com as matérias mais interessantes...
Lembro dos sonhos... eu vendendo bolo de porta em porta, você lavando maquina de sucos e fazendo entregas de lanches... o começo árduo da vida profissional...
O Happy Hour depois da jornada estressante, nos bares da cidade, a espera do ônibus, bêbados ás 2 da madrugada na rodoviária, passando frio, ansiosos por nossas camas...
Lembro de quando te disse que detestava sua namorada e você fez de tudo pra se dividir entre nós, para que nossa amizade fosse a mesma para sempre...
Das verdades tárdias, das paginas mirabolantes de nossas biografias, pouco a pouco descobertas e redescobertas... "tudo natural... são justas todas as formas de amor..."
Quando descobrimos que seríamos ótimos amantes, mas que o nosso tempo de "ficar" já tinha passado, e fugíamos disso para que nossa história também não mudasse...
Tempos bons que não voltam... seria clichê me fazer anos depois a mesma pergunta: "Aonde está você agora além de aqui dentro de mim?"... é verdade, ainda prefiro "Ventos no Litoral" à "Angra dos Reis", e até hoje, Renato Russo esteve certo... você venceu, como sempre...
Palavras descompromissadas de alguém, que sente falta de outro alguém... Espero que você ainda lembre de mim... ainda escrevo cartas que continuam não sendo entregues... ainda tenho os mesmos anseios, aqueles que só você conhece... e nesse momento, escuto aquela nossa primeira canção...

"Remember today...I've no respect for you...
And I miss you love... And I miss you love..."

Profecia ou não, eu realmente sinto sua falta...

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

O silêcio,o vazio.

- Não solte!
Dizia ela,não solte.
- Não me deixe,me entenda,me comprienda,me ame,me perdõe.
- Ele não disse uma palavra.
E ela falava e falava até tentar colocar em sua cabeça que o amava em todas as situações e que faria tudo que fez denovo para ter um pouco de sua atenção.
Faria todas as loucuras denovo,mostraria sua alma denovo.
Pegaria sua mão cortaria toda carne,nervos e pegaria seu coração e daria pra ele.
E ela dizia - Me entenda,me perdoe.
Ele continuava silencioso.
E isso para ela era pior que uma bofetada em sua cara,era pior que qualquer coisa.
O silêncio,o vazio.
Que tomou conta do que era divertido,amistoso,romantico,futuristico,lúdico...
Ela então desiste,diz -irei escrever e tomar meu banho de chuva.
Pra essa chuva a molhar e levar embora toda sua culpa,sua burrice,seus dramas,defeitos e sua lucidez
.