terça-feira, 15 de abril de 2014

Pena.

Ando totalmente desligada da vida, faço coisas para parecer feliz, pra tentar ficar feliz mas só tenho dado tiros a esmo.
As vezes me pego pensando em todo rumo que tudo chegou. Não choro mais, chorar é meu nivel máximo de desespero, mas sinto como se estivesse vagando por ai, sem rumo, sem prumo.
Chego em casa de um dia cansativo de trabalho, tomo banho e deito: penso em você. Não me desespero, mas me retraio. Sinto uma dor no coração, nada exagerado mas mesmo assim eu sinto. Tenho vontade de dizer que menti em quase tudo para parecer descolada, desejavel e etc. Mas será que valeria a pena? Não sei.
Eu segui o meu caminho, não como você, mas to vivendo.
Ando por todos os lugares e percebo que me tornei uma caçadora de você, olho e todos os homens são você, tem o mesmo cheiro, o mesmo jeito de andar. Meio loucura, assim como eu sou louca. Louca pelas coisas que mais me magoam e me chutam feito cachorro sarnento.
Meu sono depois daquela briga é picotado, meu humor nem se fala, sumi da vida dos meus amigos, me tranquei e me escondi dentro do meu refugio pra não encarar qualquer sombra de você.
Sou assim, sofro até onde dá pra depois exercitar o desapego.
Uma pena tudo ter corrido pra esse rumo, uma pena.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Procure-me em qualquer confusão.

Chega um certo momento de nossas vidas que a paz, tranquilidade e tudo que isso pode envolver se torna um presente dos mais lindos.
Estou a 3 meses de completar 27 anos. Não digo que foi/está sendo fácil. Tudo que minha mãe dizia quando eu tinha 15 anos e virava a cara como num impulso juvenil, hoje vejo através de lembranças de uma vida um pouco ingrata, um pouco grata. 
Ingratidão com todos os abusos tidos aos 7,11,12 anos. Crescida, hoje tenho a plena certeza de que essa dor infelizmente nenhum amor, nenhum cuidado irá curar. Mas a gente aprende a se curar, aprende a esquecer coisas que um dia nos fizeram mal.
Mas a vida as vezes continua na sua eterna ingratidão, e infelizmente a minha vida não serviu de lição para mim mesma. Não até agora.
Chega uma hora que a gente cansa das falsas alegrias, que a gente cansa das pessoas frívolas que mal nos conhece e assim mesmo nos tacam pedras achando-se no maior e melhor direito para isso.
Elas não sabem nem a pontinha do enorme iceberg que eu sou, que a vida me tornou, mas para quê tentar dizer? elas não vão ouvir e só terão mais motivos para o escarnio e deboche que essa internet suja empurra para que pessoas como essas fazem.
A vida segue, tenho 2 pernas para caminhar contra maré, não tentando provar para A que falou de B o que é certo, mas tento provar para mim que tudo que vivi até aqui foi por algum motivo. Evolução, evoluir a mente, usar a cabeça não só o pau.
Hoje carrego mais que a fé, carrego o amor pelos meus sobrinhos que são as coisas mais puras que tenho ciência, carrego o amor da minha dog (porque ela sabe amar e demonstrar seu amor por mim todos os dias, mesmo sendo um tanto amarga), carrego o amor dos meus amigos que são meu coração pulsante fora do meu corpo.
Carrego amor e confusão dentro de mim. Carrego ódio e caos e não tenho vergonha disto. Carrego um perdão diário dentro do meu coração, para doar a quem me vira as costas e que mesmo devendo não se desculpa.
Carrego um pouco de loucura, sou uma louca que pula em galho em galho atrás apenas do amor mais sincero que tentei sentir por toda minha vida.
As lacunas que tenho, jamais serão preenchidas, mas sou um ser pensante que tenta evoluir com todos os erros.
Estou em qualquer confusão mais próxima.
E estou em qualquer choro embrulhado em lagrimas e mais lagrimas.
Que o rumo de minha vida se torne mais tranquilo daqui para frente, que eu encontre o amor em cada ser que anda ao meu lado pela vida.
E a vida? ela vai continuar, mesmo eu sofrendo, me auto destruindo.
Então, logo é melhor eu passar por ela sorrindo como sempre, dançando pra rir de mim e esquecendo as amarguras que me dilaceram a cada instante de recaídas.

E a felicidade? eu a vejo nos olhos dos meus amigos, minha familia, minha dog e principalmente dos meus pequeninos.