sábado, 19 de dezembro de 2009

Cidade brilhante

Ontem, quando olhei a cidade brilhante, foi como se molhasse os pés no mar. A areia entre os dedos. A água gelada. Estranhas sensações. Um novo olhar. E você. Ali.
Amigos se beijam? Sim.
E como se beijam?Amigos se beijam como eu e você
Não repare as palavras. Meu jeito sem jeito. Eu tenho medo. E tenho desejos.
Desejo os teus desejos.
Escolho as palavras. Eu, que não tenho medo delas, to assim: Paralisada. Como fiquei quando você me roubou os pensamentos e o beijo. Quando me tomou de assalto e eu só pensei: Leve! E me deixe leve. Leve-me o beijo e me traga novas sensações. Para mudar o dia. Para mover as estrelas de lugar. Porque já falamos demais...
Porque ainda é cedo. Muito cedo...

sábado, 24 de outubro de 2009

encanta,colore e faz bem

Gosto de abraçar apertado, sentir alegria inteira, inventar mundos, inventar amores.
Acho graça onde não há sentido. Acho lindo o que não é.
O simples me faz rir, o complicado me aborrece.
O mundo pra mim é grande, não entendo como moro em um planeta que gira sem parar, nem como funciona o fax.
Verdade seja dita: entender, eu entendo.
Mas não faz diferença, o mundo continua rodando, existe a tal gravidade, papéis entram
e saem de máquinas, existem coisas que não precisam ser explicadas. (Pelo menos para mim).
O que importa é o que faz os meus olhos brilharem,
o coração bater forte, o sorriso saltar da cara.
Eu acho que as pessoas são sempre grandes e às vezes pequenas, igual brinquedo Playmobil.
Enxergo o mundo sempre lindo e às vezes cinza, mas para isso existem o lápis-de-cor e o amor que a gente aprendeu em casa desde cedo.
Lembra?
Tenho um coração maior do que eu, nunca sei minha altura,
tenho o tamanho de um sonho. E o sonho escreve a minha vida que às vezes eu risco, rabisco, embolo e jogo debaixo da cama (pra descansar a alma e dormir sossegada).
Coragem eu tenho um monte. Mas medo eu tenho poucos.
Tenho medo de ponte, das pessoas e muito medo de mim.
Minha bagunça mora aqui dentro, pensamentos entram e saem, nunca sei aonde fui parar.
Mas uma coisa eu digo: eu não páro. Perco o rumo, ralo o joelho,
bato de frente com a cara na porta: sei aonde quero chegar, mesmo sem saber como.
E vou. Sempre me pergunto quanto falta, se está perto, com que letra começa, se vai ter fim, se vai dar certo. Sempre pergunto se você está feliz, se eu estou bonita, se eu vou ganhar estrelinha, se eu posso levar pra casa, se eu posso te levar pra mim, se o café ficou forte demais. Eu sou assim.
Nada de meias-palavras. Já mudei, já aprendi, já fiquei de castigo,
já levei ocorrência, já preguei chiclete debaixo da carteira da sala de aula,
mas palavra é igual oração: tem que ser inteira senão perde a força.
Sou menina levada, princesa de rua, sou criança crescida com contas para pagar.
E mesmo pequena, não deixo de crescer. Trabalho igual gente grande, fico séria, traço metas. Mas quando chega a hora do recreio, aí vou eu...
Beijo escondido, faço bico, faço manha, tomo sorvete no pote, choro quando dói, choro quando não dói. E eu amo. Amo igual criança. Amo com os olhos vidrados, amo com todas as letras. A-M-O. Amo e invento. Sem restrições. Sem medo

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Eu te amo mesmo.

Eu te amo, mesmo, muito. Mas minha alma tem pedido sol. Ainda mais agora, que você fechou a janela e eu, teimosa, arrebentei o dedo querendo forçar o ferrolho. E eu to com medo, porque eu sei que ele queima. Sei que se esparramar na cama quase sempre quer dizer perder a hora. Que ir embora implica o peso da bagagem. Que sem você eu não sou mais eu e serei pior, ainda mais cínica. Me esquente amor. E logo. Ou me acenda um cigarro e não bata a porta no final

sábado, 11 de abril de 2009

Saudade ♥


A saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto de volta para o Rio de Janeiro e ele para a dinha, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua escurecendo o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas do curso, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo suco de maracujá, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua cantando, se ela continua lhe amando.
Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.