quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Muito além do sofá.

Esses dias tão completamente longos me fizeram pensar em como a minha alma precisa de cor, de calor e de sol.
Penso insistentemente em pegar o telefone e te dizer as novidades da minha vida, mas você não ouviria.
Minha cabeça roda e pensa quando mesmo sem querer eu te ignorava (não por mal) e o quanto você se interessava. Humanos, porque tão complicados, porque gostam tanto de jogos, porque gostam tanto de ser ignorados. (Pausa pro cafézinho da tarde e pro cigarro)
Não dá pra entender, eu uma mera mulher que tenta sem sucesso se esconder dentro de mim mesma.
Só sei que com o tempo todo esse carinho vai sumir aos poucos, sou assim.
Me lembro do nosso/meu sofá, enquanto fumavamos e tudo era leve demais, bonito demais, facil demais.
Hoje eu olhei e te vi, sentado fumando, olhando pra mim e rindo desse seu jeito engraçado.
Não vou te ligar, não vou te procurar e nem vou esperar você também me ligar.
Pois a vida anda meu amor, a saudade é grande, maior que seu sorriso, maior que a cor que minha vida pede, maior até que meu sentimento por você (é, eu disse sentimento) não vou esconder as coisas, não tenho mais 20 anos.
Tenho sim sentimentos, os dos mais bonitos e que você insiste em não aceitar por não querer, por ter sido magoado (como se eu não tivesse sido também) e desse jeito, você me faz sentir exatamente como você um dia se sentiu.
Mas a vida, tem dessas coisas.
Só quero as mesmas coisas de antes, todas elas além do sofá

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Areia movediça

Me sinto num grande dilema de vida, onde todos me dizem o que fazer, o que sentir, como viver.
Mas as pessoas não conseguem enxergar a minha essencia, o meu verdadeiro eu.
As pessoas me abandonam numa grande encrusilhada, onde eu sozinha preciso decidir onde ir. Mas pra onde eu devo ir?
Para onde eu devor correr, se todas as mãos me largaram no meio do caminho.
Conheço cada dia pessoas diferentes que nunca se envolvem no meu verdadeiro eu. Para onde será que o meu eu quer chegar.
Penso em você todos os dias, desde que levou minha alma contigo, não existe cigarro que complete essa dor. A dor da sua alegria estampada para mim, a sua alegria tão latente que debochadadamente sorri para mim com escarnio e furor.
Sinto falta de ser tão viva como fui.
Isso não é somente dor de amor, é dor da vida, dor de sentir falta de ser tão inteira e pronta pro que viesse.
Sonhei contigo, sonhei com o outro alguém que me apareceu e que não entende a dimensão do que ele sem querer me trouxe. Ele me trouxe um pouco de cor, de insegurança, de calor, de sorriso. Mas ele não me puxou para vida por razões que eu não consigo entender. Tudo entre nós desaba, como uma areia movediça.
Mas eu entendo, quem iria querer me dar as mãos?
Quem a essa altura da minha vida iria querer se tornar o meu sol, o meu amor?
Quem iria querer andar de mãos entrelaçadas a minha e dizer: vem que eu te seguro quando o mar tentasse me afogar?
Quem em sã consciência iria querer segurar meu barco cheio te tantas intensidades.
No final, acabo me lembrando das suas ultimas palavras que cravariam meu coração.
Sinto dor. Dor fisica, dor emocional.
Sinto tristeza e a maior solidão.
Sinto o minimo de esperança, de que tudo um dia ficará bem e que você terá sumido de vez do meu interior, de que uma vez por todas eu poderei dormir tranquila, dividido minha cama pequena com talvez um grande amigo que um dia você foi.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Carta para você.

Essa é uma carta para você, para o dono das minhas madrugadas em que passei em seus braços, vendo esse sorriso que reluz mais que diamante bruto.
À você, dono das minhas vontades, dono dos meus desejos mais escondidos que você descobre sorrindo para mim.
Você que tão pacientemente me acolheu e não se mostrou pra mim e lhe entendo, sei o quão duro é ser tão fechado para o mundo, tão fechado para mim que ando de braços abertos esperando uma silaba, uma frase.. mas não, você não diz.
Me assusto com a forma que tudo correu até aqui, desde aquela troca de olhares, a um beijo que me tirou o ar e até  aventuras num onibus qualquer (e eu dou risadas) porque parece que paira no ar que nos perdemos disso tudo, das nossas noites em que só olhares e movimentos bastavam.
Eu sei, eu ando tão problematica, e você sempre me dizendo que no fim vai ficar tudo bem, que me quer ainda, que não acabou.
Eu te sinto aqui e lhe digo que lhe quero. Não pra casar, nem pra me mandar flores, muito menos pra me pedir em namoro. Só lhe quero aqui, no meu universo, dividindo minhas dores que são enormes mas as alegrias tambem, os cigarros tambem, os beijos, as mãos entrelaçadas no ponto de onibus, as marcas no corpo, seu corpo perto do meu, seu carinho no meu cabelo, seu jeito de rir de mim seja la por qualquer motivo.
Te peço, vamos voltar a essas barbaridades todas de antes, essas nossas noites, eu te aceito do jeito que for, so volta pra ca onde é seu lugar pra eu te ver dormir mais uma noite que seja.